Mulheres na Tecnologia: uma minoria poderosa
Postado em Notícias | 08 Março, 2022

Além de estar extremamente aquecido, o setor da tecnologia é um potencial motor de mudança e desenvolvimento social. No entanto, você sabia que mesmo sendo mais da metade dos usuários da internet no Brasil, as mulheres na tecnologia ocupam somente 20% dos empregos?

Essa participação minoritária das mulheres na história da computação não é mero acaso, mesmo com contribuições de grandes nomes, como:

  • Ada Lovelace - escreveu o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, a máquina analítica de Charles Babbage;

  • Grace Hopper - criadora da linguagem de programação de alto nível Flow-Matic — base para a criação do COBOL — e uma das primeiras programadoras do computador Harvard Mark I em 1944;

  • Irmã Mary Kenneth Keller - primeira mulher a receber o doutorado em Ciências da Computação e uma das desenvolvedoras da linguagem de programação BASIC;
  • Hedy Lamarr - atriz e também responsável pela co-invenção de um sistema de comunicações que serviu de base para a atual telefonia celular.

Qual a razão por trás da escassez de mulheres na tecnologia?

De acordo com o Women in Technology, os principais motivos são:

  • 38% - falta de inscrição por parte das mulheres

  • 37% - falta de oportunidade para o talento feminino

  • 25% - escassez de talento feminino com o conhecimento exigido

  • 17% - falta de experiência necessária para ocupar o cargo

Claro que é preciso levar em conta que essa diferença entre os gêneros começa ainda na escolha da graduação. Ainda que 60% dos formandos no ensino superior brasileiro sejam mulheres, apenas 23,9% delas se formam em cursos de engenharia.

Aliado a todos esses fatos, é possível identificar que o excesso de autoexigência e a falta de modelos femininos na área desestimula a participação das mulheres no setor.

Mas se a diversidade vem do diferente, é preciso incentivar e criar meios para que cada uma possa causar impacto com a sua própria trajetória. Por isso, o incentivo à candidatura de mulheres na área de tecnologia, assim como oferecer oportunidades de crescimento e liderança, é um compromisso que pode gerar benefícios para ambos os lados.

Grandes Mulheres na Tecnologia

No início do artigo citamos os nomes das pioneiras na área, mas é importante apontar algumas que fazem parte da geração atual que são de grande representatividade para o cenário tecnológico, como:

  • Susan Wojcicki, CEO da plataforma Youtube e considerada  a 12ª segunda mulher mais poderosa do mundo pela Forbes.

  • Virginia Ginni Rometty, CEO e Chair-woman da IBM, além de ser a primeira mulher em posição de liderança da empresa.

  • Ursula Burns, que além de ser a primeira mulher negra a dirigir uma corporação nos Estados Unidos, a Xerox, é diretora do conselho da American Express e Exxon Mobil Corporation.

  • Safra Catz, CFO da Oracle e diretora do Grupo HSBC.

  • Sheryl Sandberg é a COO do Meta, além de ter sido vice-presidente de Operações do Google.

  • Margaret Meg Whitman foi CEO da plataforma EBAY e HP, além de já ter tido papéis de grande impacto em gigantes como a Walt Disney e DreamWorks.

  • Cher Wang é co-fundadora e presidente da HTC, fabricante de smartphones e considerada a 54ª mulher mais poderosa do mundo.

  • Angela Ahrendts é vice-presidente da gigante Apple, além de ter sido CEO da Burberry e membro do conselho de negócios do primeiro-ministro do Reino Unido até 2016. 

  • Nina Silva é, brasileira, Forbes Women 2019, construiu carreira na TI e hoje segue com seu projeto de empoderamento da população preta e periférica, o Movimento Black Money.

  • Bia Granja é co-criadora e curadora do YouPix. No ano de 2013 foi nomeada como um dos 100 brasileiros mais influentes pela revista Época e eleita pela revista Galileu como uma das 25 pessoas mais influentes da internet brasileira.

  • Cristina Junqueira, além de ser uma das fundadoras do Nubank, atualmente ocupa a cadeira de vice-presidente da empresa.

Intenção com incentivo

O incentivo de mulheres na área de tecnologia, além de ser o certo a se fazer, é algo que fará bem aos negócios e para a sociedade. Dá para acreditar que 12 trilhões de dólares no PIB global podem ser gerados com uma participação maior das mulheres no mercado de trabalho?

Será preciso um trabalho contínuo que, sem a intenção dos líderes em ampliar a representatividade no mercado de trabalho, não será possível avançar.

E para aumentar a representatividade feminina pode-se começar focando em 3 pontos:

  • incentivar mais mulheres a seguir carreiras nos cursos das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática;

  • oferecer mais espaço nas contratações;

  • dar oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional para elas.

A presença de mulheres na TI é, sem sombra de dúvidas, essencial para um desenvolvimento cada vez mais otimizado e inclusivo. Afinal, lugar de mulher é onde ela quiser.

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