Além de estar extremamente aquecido, o setor da tecnologia é um potencial motor de mudança e desenvolvimento social. No entanto, você sabia que mesmo sendo mais da metade dos usuários da internet no Brasil, as mulheres na tecnologia ocupam somente 20% dos empregos?
Essa participação minoritária das mulheres na história da computação não é mero acaso, mesmo com contribuições de grandes nomes, como:
Ada Lovelace - escreveu o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, a máquina analítica de Charles Babbage;
Grace Hopper - criadora da linguagem de programação de alto nível Flow-Matic — base para a criação do COBOL — e uma das primeiras programadoras do computador Harvard Mark I em 1944;
Hedy Lamarr - atriz e também responsável pela co-invenção de um sistema de comunicações que serviu de base para a atual telefonia celular.
De acordo com o Women in Technology, os principais motivos são:
38% - falta de inscrição por parte das mulheres
37% - falta de oportunidade para o talento feminino
25% - escassez de talento feminino com o conhecimento exigido
17% - falta de experiência necessária para ocupar o cargo
Claro que é preciso levar em conta que essa diferença entre os gêneros começa ainda na escolha da graduação. Ainda que 60% dos formandos no ensino superior brasileiro sejam mulheres, apenas 23,9% delas se formam em cursos de engenharia.
Aliado a todos esses fatos, é possível identificar que o excesso de autoexigência e a falta de modelos femininos na área desestimula a participação das mulheres no setor.
Mas se a diversidade vem do diferente, é preciso incentivar e criar meios para que cada uma possa causar impacto com a sua própria trajetória. Por isso, o incentivo à candidatura de mulheres na área de tecnologia, assim como oferecer oportunidades de crescimento e liderança, é um compromisso que pode gerar benefícios para ambos os lados.
No início do artigo citamos os nomes das pioneiras na área, mas é importante apontar algumas que fazem parte da geração atual que são de grande representatividade para o cenário tecnológico, como:
Susan Wojcicki, CEO da plataforma Youtube e considerada a 12ª segunda mulher mais poderosa do mundo pela Forbes.
Virginia Ginni Rometty, CEO e Chair-woman da IBM, além de ser a primeira mulher em posição de liderança da empresa.
Ursula Burns, que além de ser a primeira mulher negra a dirigir uma corporação nos Estados Unidos, a Xerox, é diretora do conselho da American Express e Exxon Mobil Corporation.
Safra Catz, CFO da Oracle e diretora do Grupo HSBC.
Sheryl Sandberg é a COO do Meta, além de ter sido vice-presidente de Operações do Google.
Margaret Meg Whitman foi CEO da plataforma EBAY e HP, além de já ter tido papéis de grande impacto em gigantes como a Walt Disney e DreamWorks.
Cher Wang é co-fundadora e presidente da HTC, fabricante de smartphones e considerada a 54ª mulher mais poderosa do mundo.
Angela Ahrendts é vice-presidente da gigante Apple, além de ter sido CEO da Burberry e membro do conselho de negócios do primeiro-ministro do Reino Unido até 2016.
Nina Silva é, brasileira, Forbes Women 2019, construiu carreira na TI e hoje segue com seu projeto de empoderamento da população preta e periférica, o Movimento Black Money.
Bia Granja é co-criadora e curadora do YouPix. No ano de 2013 foi nomeada como um dos 100 brasileiros mais influentes pela revista Época e eleita pela revista Galileu como uma das 25 pessoas mais influentes da internet brasileira.
Cristina Junqueira, além de ser uma das fundadoras do Nubank, atualmente ocupa a cadeira de vice-presidente da empresa.
O incentivo de mulheres na área de tecnologia, além de ser o certo a se fazer, é algo que fará bem aos negócios e para a sociedade. Dá para acreditar que 12 trilhões de dólares no PIB global podem ser gerados com uma participação maior das mulheres no mercado de trabalho?
Será preciso um trabalho contínuo que, sem a intenção dos líderes em ampliar a representatividade no mercado de trabalho, não será possível avançar.
E para aumentar a representatividade feminina pode-se começar focando em 3 pontos:
incentivar mais mulheres a seguir carreiras nos cursos das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática;
oferecer mais espaço nas contratações;
dar oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional para elas.
A presença de mulheres na TI é, sem sombra de dúvidas, essencial para um desenvolvimento cada vez mais otimizado e inclusivo. Afinal, lugar de mulher é onde ela quiser.
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